Cancion : A Grande Tribulação Artista : Dealema Album : A Grande Tribulação Url : https://www.letras10.co/letra-a-grande-tribulacao-de-dealema [Intro] A destruição da rede de satélites E toda a rede elétrica do planeta Poderá ser só o início de um admirável mundo novo Aqueles que vagueiam no escuro À procura de velas sem saberem o que aconteceu Preparem-se, o cenário vai piorar daqui em diante [Verso 1: Mundo] Foi como todo Universo submerso na escuridão No dia em que o planeta alterou o seu eixo de rotação Não sobrou intacta uma torre de alta tensão E assim nasceu um motim nos dias do fim da televisão Cadáveres acumulados em corredores de hospitais Sem energia para reanimar quem perdera sinais vitais Bancos tomados de assalto, sangue fresco no asfalto Crianças choram com medo em pânico e sobressalto Casas barricadas, tábuas cobrem todas as janelas A noite é guerra sem tréguas, vigilância à luz de velas Era dos poucos sentinelas vivos naquela região Outros partiram para a montanha e formaram rebelião Mantido no sótão a acumular mais informação Num diário de bordo de acordo com o protocolo da minha missão Na rua começa a luta por mantimentos e munições Humanos salivam furiosamente em cerebrais disfunções [Verso 2: Fuse] Não sabia que podia haver o dia em que o céu era cor do sangue O pânico chegou num instante Idosos não resistem aos destroços, foram mortos Há fogo na cidade, a noite é arrepiante Lagartas de aço esmagam restos mortais A carne presa na blindagem dos tanques atrai os cães A fúria da população é alucinante Pinto o quinto círculo do Inferno de Dante Vejo animais carbonizados por cocktails molotov Em pilhagens há demónios com fome Vejo o reflexo das chamas nos olhos de uma criança Que arrasta o pai pelo chão, é tarde demais Mais um órfão da destruição humana Altifalantes anunciam paz nas ruas, liguem os canhões de água Tudo aquilo em que acredito teve o fim naquele dia Tive que matar o meu melhor amigo, sobrevivo [Refrão: Mundo Segundo] O que é que vais fazer quando a energia cessar E a escuridão emergir? Ninguém te irá socorrer Vai-te já preparando para o que virá a seguir [Verso 3: Maze] Tento manter a calma, não entrar em choque Deambulo pelo caos, sinto o cheiro da morte Sigo os animais em fuga para a Natureza Dentro de mim grita o instinto de sobrevivência Tenho que encontrar abrigo, acender uma fogueira Escavar uma trincheira para escapar à hipotermia Em busca de um refúgio sem GPS ou bússola De dia sigo o sol, à noite guio-me pela ursa Maior, Orion, Polaris, Cassiopeia Recordo a infância e livros de astronomia A prioridade é a segurança, afio uma lança Com um canivete suíço, que trago sempre comigo Às vezes repouso o corpo, mas a mente não descansa Colho bagas, mato a fome, mas a sede pede um rio Não desisto, a necessidade aguça o engenho Sobreviver agora só depende do meu empenho [Verso 4: Expeão] 2012 não foi o fim do mundo População em sono profundo, escrava do fundo Monetário Internacional Agora formei comunidade, fora de uma cidade em caos total Os donos destes mundo levaram a avante O plano de destruição fez correr o sangue Dos espectadores às suas ordens Viemos das prisões e correntes na Inquisição Às mentes alienadas dos jovens pela televisão E agora despertam do coma e os que se apercebem Sentem revolta, querem de volta a liberdade Nesta comunidade, permacultura E naves terrestres são uma realidade Sem depender de electricidade, excluir com certeza Outras formas destruidoras da natureza Reconstrução do planeta de forma lucrativa Na nova economia, aqui a vida é gratuita [Outro: Expeão] A pobreza, impossível outro nível de consciência Com base na auto-suficiência Criei colectivos para gerir recursos naturais Ambientar água, solos, plantas, animais Sociedade de consumo rejeitada, auto-gestão Porque a vida é uma dádiva divina, uma criação E a terrível especulação do mercado nos priva Mas um dia este lugar deixará de ser utopia ========================== Letra descargada de Letras10.co ==========================