Letra Canção do Lobisomem de Guinga

Letra de Canção do Lobisomem

Guinga


Canção do Lobisomem
Guinga
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Eu sou inquieto assim pra dar um corte
No elo entre a satisfação e a morte
Sou ofício secreto do venenoCorroendo o amor, Deus o tenha!

Como disse Drummond, mas que epopeia
Essas flores no copo de geleia
E alucino, essa Lua, esse conhaque
Rio-Mar, o que mais quero
Quando não espero, é que Deus dá

Minhas unhas em garras transformadas
Rasgam a roupa da virgem apavorada
Meia-noite ao romper aquela porta
Que a separa de mim, ela tá morta
Não dá pra entender

Essa angústia hoje é boa companheira
Da conversa entre o príncipe e a caveira
Deduzi que a esperança é uma besteira
Corroendo o amor, Deus o tenha!

Entre amar e matar não sobra espaço
Quanta lâmina rente ao meu abraço
E cristais de arsênico em meu beijo
Vão matar o que mais quero
Quando não espero, é que Deus dá

Nem a cobra-coral, nem mesmo a naja
Dão o bote da prata que viaja
Numa bala entre a arma e o meu peito
Acho graça em desgraça, dito e feito
Sou meu matador


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