Letra Meu Rio Grande É Deste Jeito de Baitaca

Letra de Meu Rio Grande É Deste Jeito

Baitaca


Meu Rio Grande É Deste Jeito
Baitaca
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A estrela D′alva apontada e faceira
Pego a chaleira e boto em cima do braseiro
Nasci na grota e com esta vida eu me acostumoCorto meu fumo e vou fechando meu paieiro

Nas laranjeiras, escuto a coruja gritando
E eu vou cantando um verso xucro e galponeiro
No clariar o dia eu dou mio' pro meu cavalo
Enquanto o galo abre a goela no puleiro

No meu Rio Grande, quem chega se sente bem
Fartura tem e a miséria não se assanha
Já come um pouco de puchero amanhecido
Feijão mexido meio encharcado na banha

Sábado à tarde, me trajo e boto a chilena
Lavo as melena pra um bochicho de campanha
Domingo cedo, sentado, conto proeza
E de tarde, espanto a tristeza
Golpeando um trago de canha

O graxaim grita no alto da serra
E o touro berra lá no fundo da invernada
E o peão campeiro dá-lhe um piaio macanudo
Enquanto um cuiudo vai retoçando a manada

Encilha um potro de lombo duro e baldoso
Já arrasta o toso numa grande serenata
E o peão caseiro sapeca o bago de touro
De alpargata de couro e bombachita remendada

Eu pago xucro de muita hospitalidade
Da honestidade, da humildade e do respeito
Da canha pura e também do pingo encilhado
Ou eu ando pilchado, lenço batendo no peito

Festa campeira, quase sempre estou no meio
E no rodeio, estendo os pelego e me deito
Pra me mudar é so mesmo que o mundo acabe
Já expliquei pra quem não sabe
O meu Rio Grande é desse jeito


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